domingo, 12 de junho de 2011

Andando de Espaçonave com Mariko Mori


Nem tudo é drama cá nestas terras de Cerrado.
Decidi criar o hábito de ir à exposições toda sexta-feira do mês - o dia da semana que eu tenho folga das aulas. Decisão sábia, viu? Pois agora terei o ORGULHO de dizer aos meus netos que já andei de ESPAÇONAVE!! 

Miniatura da espaçonave - só agora ví que tem forma de célula

Esta exposição de nome "Oneness" é da artista japonesa Mariko Mori (a japinha do vídeo) e esteve no CCBB de Brasília durante Março. Apareceu até no Jornal Nacional! Vejam o vídeo:


Era tudo lindo de morrer e adorei a aproximação que a artista faz com a tecnologia e os sentimentos humanos e extraterrestres.  Sim, eles têm sentimentos!!  =P

Pêndulo de cristal representando o tempo ou whatever - claro que eu balancei! rs

Pena que não tirei foto, mas a parte que eu mais gostei - depois da espaçonave - foram os E.T's. Quase chorei colocando a minha mão no coração do E.T. e sentir e ouvir o coração dele pulsando.
A viagem intergalática durou 7 minutos que passaram mais rápido que a velocidade da luz! 
Infelizmente só fui autorizado a tirar DUAS fotos de fora da espaçonave, mas valeu muito a pena - jamais esquecerei e ficará para a história!


Agora a exposição está no Rio, depois indo até São Paulo - vão lá viajar também, vale muito a pena!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quarta - feira de Cinzas


Quarta, 02 de Junho

Estou no ônibus em direção à universidade. Pessoas desconhecidas conversam ao meu redor. Nada escuto. Observo por trás da janela a Catedral e toda a horizontal, distante e monótona arquitetura do Plano Piloto. Suspiro. Minha mente ainda não está aqui. Pouco a pouco me desligo do ambiente, respiro devagar, friso as minhas vistas até que, finalmente, fecho os meus olhos. Lembro de momentos passados, vividos em um lugar longínquo... Esboço um leve sorriso e um olhar distante. Sinto calor; sinto frio – degusto a sensação de um alegre luto. Pela primeira vez senti o que é saudade.


Quinta, 03 de Junho

Hoje decidi que eu, querendo ou não, devo me conformar com o meu retorno à Brasília. Percebi que estou aqui apenas de passagem. O estranho é que, mesmo com todo o formalismo que a cidade carrega, começo a enxergar elementos interioranos na capital, traços de simplicidade que a arquitetura e as pessoas daqui tentam à todo custo camuflar. Andando pelo pátio do prédio principal da universidade, observei um grupo de pessoas ouvindo música sertaneja, sem o menor constrangimento! Uma delas me chamou para dançar. Fui em direção à ela (muito sem graça, claro) mas, como eu danço como um toco de madeira, desisti e gargalhamos juntos, eu e a garota semi-bêbada. Saí do prédio, já era fim de tarde. Olhei para o gramado e ví que as gramas estavam amarelando - é a estiagem chegando no Cerrado. Virei para trás e avistei o Lago Paranoá e o céu azul com imensas nuvens laranjadas. Respirei fundo e sorri. Finalmente estou começando a me sentir em casa.