sábado, 3 de abril de 2010

A Paixão segundo J.C.



Ontem no feriado, refleti o dia inteiro sobre o que seria a Paixão.
Li no Wikipedia, li o conceito católico e cheguei a uma conclusão:

Paixão é o sentimento em fúria,
Que pode ser positivo ou negativo - ou amor, ou ódio.

Descobri que nunca me apaixonei de verdade por ninguém.
Um dia talvez me apaixone, ou até mesmo me dê conta de que, alguma vez, eu já me apaixonara, assumindo um sentimento antes incompreendido e perdido no passado.
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Sim, assumo! Já tive paixões.
E a maioria era a do pior tipo: Paixão não-correspondida.
Como a paixão consegue ser tão dolorosa?!
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Jesus - no momento mais apaixonado de sua vida - morreu pelas mãos daqueles pelo qual era apaixonado. A crucificação Dele é semelhante a de nós, pobres apaixonados: Estamos imobilizados, agonizando diante a indiferença de nossos objetos de paixão. E o que Ele fez? Os perdoou. Foi neste instante, graças ao perdão, que a paixão de Jesus deixou de ser o que era e transformou-se num sentimento mais livre e apurado: Amor. Só assim Jesus conseguiu seguir em frente, libertando-se da cruz da paixão que Ele se propôs a enfrentar.
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Fingi durante muito tempo ter "seguido em frente" com algumas paixões, mas sabia da mentira e me sentia machucado por saber que ainda as mantinha vivas, mesmo depois de tanto tempo. Um sentimentozinho que antes era bom tinha se transformado num sentimentozinho mal. Seria esta a diferença entre Jesus e o Diabo: um passou a nos amar e o outro passou a nos odiar graças à Paixão? É algo a se pensar...
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Depois de um breve mergulho de alma percebi que, mesmo com sentimentos diferentes, fiz parte da vida destas pessoas, e elas da minha. E se não sentiram o mesmo por mim, devo respeitar os seus sentimentos, assim como devo respeitar o meu; que agora se transformou em outro, mais livre e apurado.

Um novo sentimentozinho bom